domingo, 10 de fevereiro de 2013

O que é sofrimento fetal?


O sofrimento fetal é um problema causado pela falta de oxigénio no sangue do bebé, e que pode ocorrer durante ou antes do parto. Usualmente surge durante o parto, e é diagnosticado quando o ritmo cardíaco do bebé se torna instável. Se existir sofrimento fetal antes do parto, então a solução usualmente é o parto, dependendo sempre do estado de maturação do feto.
Muitos bebés têm de nascer através de cesariana, caso falhem o teste da vitalidade fetal. O teste da vitalidade fetal é recomendado a mães que tenham uma gravidez de risco, como diabetes, gravidez intra-uterina, entre outras. O teste envolve analisar o ritmo cardíaco do bebé em junção com a actividade uterina. Este teste é usualmente feito entre a 38º e a 42º semana de gestação, porém pode ser feito mais cedo, no início do 3º trimestre. O teste dará um resultado de reactivo ou de não reactivo. Por vezes é necessário a mãe mexer-se ou comer algo para incentivar o bebé a mover-se e conseguir assim um resultado mais fiável.
O teste para avaliar o sofrimento fetal poderá ser feito: caso sinta que o bebé não se movimenta tão frequentemente como usualmente; caso o parto esteja atrasado, caso exista razão para suspeitar que a placenta não funciona adequadamente ou caso esteja em risco por alguma razão. Se existir alguma suspeita da sua parte, deve contactar o seu médico assistente para lhe fazer um teste de avaliação da vitalidade fetal
Esse teste indicará se o bebé está a receber oxigénio suficiente devido a problemas do cordão umbilical ou da placenta, ou outro tipo de doença fetal.

Sintomas de sofrimento fetal

Se notar a diminuição dos movimentos comuns do feto é importante que saiba que isso pode significar que existe um problema.
Por vezes o decréscimo do movimento fetal surge devido ao bebé deixar de ter tanto espaço livre no útero, mas ter a certeza do porque é que isso aconteceu é sempre importante.
Durante o parto, o bebé é usualmente monitorizado através de um monitor fetal, que por vezes dá sinais que existe um problema, aumentos ou decréscimo do batimento cardíaco do bebé, ou um ritmo cardíaco incerto pode significar que existe um problema.
Quando o sangue do bebé é colhido durante o parto, através de uma amostra do escalpe do bebé, pode revelar se existem sinais bioquímicos de um problema. Dois problemas comuns são a acidose fetal e a acidose lacteal.
O méconio, caso exista no líquido amniótico também é uma preocupação.

Fazer a contagem dos “pontapés do bebé”

Poderá fazer a contagem dos “pontapés do bebé”. Contar os movimentos do bebé é algo fácil, que poderá fazer enquanto faz as suas actividades diárias. Isto significa que, se o bebé não fizer pelo menos 10 movimentos desde a altura da manhã em que você tomou o pequeno-almoço até ao meio da tarde (período de 4 a 6 horas), poderá estar a passar-se algo menos bom com ele. Se o bebé tiver feito 10 movimentos, então isso significa que não terá de contar mais até ao próximo dia. Este tipo de contagem é recomendado em caso de gravidez de risco ou de decrescimento do movimento fetal.
Tente marcar os movimentos fetais durante a altura do dia em que o bebé está mais activo, mas também numa altura em que possa registar os movimentos durante pelo menos 4 horas ou mais, caso isso seja necessário. É também indispensável registar os movimentos sempre a partir da mesma altura do dia. 
Idealmente, antes de iniciar a contagem, deve comer algo como um snack ou refeição, pois a ingestão de comida faz com que o bebé fique mais activo. Em alternativa ou adicionalmente, pode dar um passeio, pois também ajuda o bebé a movimentar-se. Depois de uma visita à casa de banho, deite-se preferencialmente para o seu lado esquerdo ou relaxe no sofá. Certifique-se que tem o relógio em vista e assente as horas em que sente os movimentos do bebé.
Preste atenção a cada movimento do bebé. Registe o número de minutos que dura o movimento e a hora em que foram feitos. Logo que o bebé fizer 10 movimentos, não é necessário contar mais.
Caso o bebé não tenha feito os 10 movimentos, deverá contactar o seu médico para ele fazer um teste que avalie se existe sofrimento fetal, verificando o ritmo cardíaco fetal e a actividade uterina. O que por vezes acontece é que algumas mães habituam-se aos movimentos do bebé e ficam sem os sentir durante algum tempo, estando o bebé perfeitamente bem.

Sofrimento fetal e as formas médicas de o detectar

  • Diminuição dos movimentos fetais (relevante apenas a partir das 35 semanas);
  • Diminuição da resposta fetal a estímulos como o som ou vibração;
  • Alterações do perfil biofísico (frequência cardíaca do feto em resposta aos seus próprios movimentos) e da circulação do sangue na placenta e no feto. Estas alterações podem ser verificadas através de uma ecografia.
  • Insuficiência na oxigenação cerebral devido ao seu posicionamento, problemas na placenta  ou compressão do cordão umbilical, como a circular cervical (cordão umbilical enrolado no pescoço). A partir do 7º mês de gravidez, em casos de gravidez de risco, faz-se uma cardiotocografia (registo simultâneo da frequência cardíaca fetal e das contracções uterinas). Este exame/ registo pode indicar se o feto está a sofrer destes problemas.  
  • Asfixia do bebé. Durante o trabalho de parto é possível verificar se existe asfixia do bebé através de uma colheita de sangue da pele da cabeça do bebé, que testa se existe uma diminuição pH do escalpe fetal.
  • Líquido amniótico com mecónio. O líquido deve ser claro podendo ser quase sem cor. Caso seja verde ou castanho-escuro (contendo mecónio) isto indica que o feto está com problemas. Porém, só é possível detectar depois da ruptura da bolsa de águas.
Um bom estado de oxigenação, e um comportamento normal do bebé em gestação são aparentemente bons indicadores. Porém, nem sempre os bons resultados de um exame dão origem a um bebé saudável, podendo existir complicações difíceis de detectar destas formas tais como o prolapso de cordão, descolagem da placenta ou a morta súbita fetal.

Alcione...mãe da Lavínia

  




 Ola a todos,meu nome e Alcione tenho 22 anos,a minha história é de muita luta.Sempre tive o desejo de ser mãe, aos 19 anos tive um aborto que me abalou muito,mais DEUS foi muito generoso comigo e passado alguns anos la estava eu me preparando para casar e na ultima semana dos finalmente descobrir que estava gravida,gritei,pulei,liguei pra quase todos os números da minha agenda,notícia mara,estava tudo bem casei,e estava acompanhando direitinho ate 24 semanas de gestação estava muito bem foi quando comecei a ter contração fiquei internada aki na minha cidade, médicos fizeram o ultrassom e me disseram que era uma menina mais que ela estava correndo risco de vida pois estava com apenas 375 gramassssssss me desesperei, então ganhei alta e fui pra casa.
   Na semana seguinte tinha medico,chegando la ela mesma viu que não estava nada bem e me disse que era pra ir para bh onde teria mais recursos,arrumei as malas porque como ela mesma disse faça as malas  porque a volta não tem data.Na manha seguinte levantei as 05:00  e fui meu pai e meu esposo estavam comigo, obvio  ne fui internada do dia 2/10/12,a equipe do alto risco me deram a medicação e me disseram a qualquer momento ela vai querer sair e nos vamos fazer o que tiver ao meu alcance pra salva-la nossa ali estava eu querendo salvar minha LAVÍNIA mais sem nada podia eu fazer .
foi no dia 10/10/12  minha tia estava de acompanhante comigo passei o dia todo bem quando as 17:24 começaram as contrações mais fortes e minha filha não estava mexendo foi quando chamamos a enfermeira  e ela achou melhor o medico,o dr. chegou me examinou e disse: vamos fazer seu parto agora.Meu DEUS sera que ela vai ta bem infelizmente passa muita coisa ruim na mente da gente mais o meu SENHOR aquele que sirvo com amor e dedicação me acalmou,eu só pensava em DEUS pedia a ele pra me dar minha filha com vida e saúde.
   Então descemos para o bloco,logico fiz minhas orações e conversei com ela 'filha estou torcendo por vc vem me fazer feliz',Os procedimentos foram tomados,minha tia estava ali comigo,pois meu esposo estava a caminho,o parto foi tudo bem só que lala nasceu com 655 gramas 23 centímetros nossa ela cabia na palma da mão,ela foi pra uti,depois do parto meu marido chegou eu subi pro quarto,meu esposo foi ver ela.
No dia seguinte eu fui ve-la e me desesperei tava toda entubada,cheia de aparelhos era muito triste,e eu chorava muito,parecia que meu sonho de ser mãe estava ao fim, então lembrei que se DEUS deu a oportunidade dela estar viva era um sinal pra mim ter fé,confiança e esperança que tudo aquilo ia passar.Putz chegou o dia da minha alta tive que vir pra minha cidade deixando parte de mim la, mães isso doí muito.
No dia seguinte liguei pra la e me disseram  que ela tinha piorado me arrumei e fui cheguei la ela estava com uma infecção no intestino foi horrível fiz a visita e vim embora triste,magoada comigo mesma,e pensando se no dia seguinte ela estaria ali. Então conversei com meu esposo e entramos em um acordo que não íamos ligar mais,e assim foi no dia seguinte ela estava melhor e foi se recuperando fiz muita amizades conversei com outras mães e vi que eu não estava sozinha,tinha dia que a noticia era boa outro dia era ruim então ela foi saindo do tubo,do cpap,do cateter e assim foi foram 74 dias de luta me orgulho dela tenho fotos dela desde começo e falo para todos as mães de uti fica firme passe toda segurança e tenha muita esperança acredite em DEUS pois te digo os médicos e todos os cuidados das técnicas foram bons mais antes disso tudo DEUS disse AMEM,Hoje minha filha ta com 3 meses 24 dias com 3 kilos e algumas gramas kkkk gramas como fazem a diferença,quando levo ela no medico já não to aguentando mais o peso kkk sem contar que ja faz birra que tudo na hora dela,ela merece pois aqui na minha casa tem uma vitoriosa.





domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mãe também deve se cuidar enquanto o bebê estiver na UTI Neonatal




A chegada de um filho é, geralmente, um momento de alegria, carregado de emoções e expectativas, tanto por parte dos pais como de familiares e amigos. Mas nem sempre tudo acontece conforme o esperado. Complicações podem ocorrer durante a gestação ou após o nascimento, o que pode ocasionar o nascimento prematuro ou ao diagnóstico de problemas de saúde no bebê. Nestas situações é comum que o bebê seja levado a UTI Neonatal. 
Este não é um assunto muito abordado quando se trata de temas relacionados à gestação, até porque o casal está a espera de um bebê saudável, e a possibilidade de risco tanto para a mãe, quanto para o bebê causa grande desconforto e angústia.

Algumas mulheres apresentam complicações durante a gestação (bolsa rota, caracterizada pela perda de líquido amniótico, pressão arterial alta, infecções,diabetes gestacional, entre outras) e necessitam de cuidados especiais. Há situações em que a mulher permanece em repouso (em casa ou no hospital) por grande parte da gestação. Em alguns destes casos, os médicos costumam alertar que poderá ocorrer um nascimento prematuro e, a partir deste momento, a mãe, bem como pai e familiares, passam a considerar a possibilidade de que, ao nascer, o bebê vá para a UTI Neonatal. 

Durante o período que estive em contato com mães de bebês internados na UTI Neonatal, percebi que rapidamente elas buscam entender o quadro de saúde do bebê, o que cada som dos aparelhos significa, as medicações, os exames... tentam adaptar suas rotinas a este novo momento e participar dos cuidados com o bebê dentro do que lhes é possível. Estas ações contribuem para diminuir a ansiedade, pois os pais entendem um pouco melhor o que está sendo feito nos cuidados com seu filho e podem sentir-se mais seguros.
 Há também situações em que nenhum problema de saúde na mãe ou no desenvolvimento do bebê é identificado durante a gestação, e somente após o nascimento é que se vê a necessidade de encaminhá-lo para os cuidados intensivos. São bebês que apresentam desconforto respiratório, outros nascem com a saúde bastante fragilizada, ou, ainda, nascem com baixo peso (o que é frequente em gestações múltiplas). Nestes casos, estes cuidados especiais são de extrema importância para os bebês.

Sem dúvida é uma situação de muita angústia e estresse para os pais. Há a frustração de não poder levar seu bebê para casa e a preocupação com o que está por vir. Nos primeiros dias, tudo parece muito difícil: a volta para casa, a ansiedade dos familiares para saber notícias do bebê, as dúvidas e medos do casal. Aqui, a informação é uma grande aliada. Conversar com os médicos e saber a real condição do bebê contribui para que os pais sintam-se mais seguros nesta fase.

Rotina da UTI neonatal 

O dia-a-dia de mães e pais na UTI Neo é bastante cansativo. Alguns ficam por poucos dias, mas outros permanecem meses. É um ambiente diferente, com aparelhos que monitoram os bebês, que emitem sons desconhecidos e pessoas que até então não faziam parte de suas vidas. 

Dependendo do quadro de saúde do bebê, quando estão com suas funções estáveis, eles podem ser tocados pelos pais a partir de uma abertura que há na incubadora. Os pais podem conversar com ele e, em alguns casos, banhar, amamentar e permanecer com o bebê pele-a-pele. Este é um momento de extrema importância para a recuperação do bebê e para o fortalecimento do vínculo da dupla.

Mesmo diante de toda dificuldade, desgaste emocional e físico de ter um filho em uma UTI Neonatal, é possível se beneficiar deste período. Normalmente, há na UTI Neo enfermeiras(os) muito bem preparadas(os) e que podem ajudar as mães nos primeiros cuidados com o bebê, quando ele já pode ser manipulado pela mãe. Ela pode aproveitar o conhecimento dos profissionais tirando suas dúvidas e pedindo auxilio quando necessário.  
Um ponto que faço questão de destacar é que a mãe não se esqueça de si. Sua presença na UTI Neo junto a seu filho é muito importante, mas é bastante positivo quando ela consegue ir para casa descansar, dormir bem e se alimentar para que possa no dia seguinte dar conta da demanda emocional e física que a espera.

Há situações em que a mãe não pode ficar o dia inteiro na UTI - porque tem outros filhos pequenos, mora longe ou está muito cansada. É importante que essa mãe consiga respeitar seus limites, se permitir descansar, que tenha em mente que seu filho está no local adequado para sua recuperação naquele momento e que é indispensável que ela também possa se cuidar. 

Gravidez de risco e UTI Neonatal


A hora do nascimento de um filho é motivo de grande alegria para a maioria dos pais. Foram nove meses de espera para conhecer o rostinho do mais novo membro da família. Mas nem sempre é assim. O nascimento prematuro de uma criança é frustrante e angustiante para os pais que tem alta do hospital, mas deixam seus filhos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo).

A cada 100 partos, 10 são prematuros, isto é, ocorrem antes da 37ª semana de gestação. As causas principais de parto prematuro são ruptura da bolsa (40% dos casos), contrações precoces (35%) - normalmente desencadeadas por infecções – e hipertensão (15%).
Mulheres que já tiveram parto prematuro, dois ou mais abortos durante o segundo trimestre da gravidez, apresentam algum problema uterino, como miomas. Mães que abusam do consumo de álcool ou drogas também estão no grupo de risco. Porém, aproximadamente 50% das mulheres que têm parto prematuro não apresentam fatores de risco identificáveis.
Frágil, o bebê já começa a vida com risco de morte. Logo de início, o bebê pode ir para a incubadora, “ganhar” um tubo na boca para respirar e uma sonda também na boca ou no umbigo para se alimentar, além dos sensores para monitorar seus sinais vitais. Antibióticos, medicamentos para amadurecer os pulmões e transfusões sanguíneas não são raros.
O papel dos pais é de estar do lado do seu filho e lutar com ele. Não é fácil ficar dias, às vezes mais de mês, dentro de um hospital vendo o sofrimento do filho. Por isso é tão importante escolher um hospital que tenha bons recursos tecnológicos e humanos. Nunca se sabe o que pode acontecer durante a gestação, mesmo fazendo um bom pré-natal.
E por quê os bebês vão para a UTI neo? - A UTI Neo é um setor que deve atender os recém-nascidos com assistência humanizada e de qualidade, com equipamentos específicos, recursos humanos especializados e serviço médico e de enfermagem 24 horas.
Podem ocorrer diversos problemas na saúde dos bebês prematuros. Quanto menor é a idade gestacional, maior a probabilidade de complicações. Entre as mais freqüentes estão dificuldades respiratórias, hemorragias intracerebrais (dentro do cérebro), infecções que podem ocasionar a morte ou conseqüências no desenvolvimento psico-motor, intelectual e emocional no futuro. Muitos necessitam de tratamento intensivo e internação por longo período.
A incubadora fornece um ambiente onde mantém a temperatura constante, deixando o ambiente neutro e mais tranqüilo possível. E a assistência está cada vez mais humanizada, tentando dar mais qualidade de vida ao bebê associado à sua sobrevivência. Muitos bebês, quando estão com suas funções estáveis, ficam em contato pele a pele com sua mãe que fazem o papel, ainda melhor, da incubadora.
As mamães devem prestar atenção quando o assunto é amamentação. O aleitamento materno de prematuros é mais difícil pela imaturidade e necessidade de hospitalização mais prolongada após o nascimento. Essa separação prejudica a formação do vínculo mãe-filho, fator essencial ao sucesso da amamentação. A mamãe deve se informar sobre as melhores condições de utilizar o leite materno na alimentação do seu filho ou de amamentá-lo. O leite materno é a melhor alimentação do seu bebê.
A alta do bebê da UTI Neo ocorre quando o bebê está estável em suas condições clínicas, com peso acima de 1,7 quilos e seu ganho de peso ser crescente e estar sugando bem. E lembre-se sempre: não há nada mais forte e bonito do que uma mãe ajudando o seu filho a lutar pela vida.
Dicas
Informe-se com o seu médico sobre as condições do hospital que escolher para receber um recém-nascido prematuro.
Não desista nunca da vida do seu bebê. Ele é mais forte do que imagina. Mães que consomem drogas ou ingerem bebidas alcoólicas não têm o mínimo de amor, e respeito, ao filho.
Seu leite é melhor e mais forte do que qualquer outra fórmula de leite. Tente ficar o menos estressada possível durante a internação do seu bebê. Quanto mais o bebê mamar, mas leite a mamãe produzirá.