quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mãe da Clarice !


"É incrível o que as pessoas fazem por amor, mas o mais surpreendente é que o amor faz com as pessoas." __ Agostino Degas
Hoje sei que nada é impossível, basta ter fé e amor, muito amor!
Nossa historia começou desde que a Clarice era aquele pedacinho de gente, do tamanho de um grão de feijão, que a gente ama mais que tudo no mundo. Afinal mães sabem o que é o amor!
Num exame de US descobriu-se um cisto que poderia crescer, regredir, estabilizar... E pra falar a verdade eu nem sabia o que era cisto?! Ai fomos fazer uma US morfológica, para ver melhor. Fomos à BH, moro em Campos Altos, a 260km da capital. E a partir de então, ia a BH mensalmente. Ela ainda era muito pequenininha,16 semanas, nada era definitivo.
O bebe está em constante formação, as mudanças são muito rápidas. Aprendi nesse período que cada serzinho tem seu próprio tempo, o tempo deles. Não devemos nos apressar, tudo vem na hora certa. O tempo não é o nosso, não é o dos médicos e sim o dos nossos pequenos anjos, o tempo de Deus.
Fizemos inúmeros exames. Minha obstetra, brilhante profissional, me conduziu muito bem nesse momento e fui acompanhar minha gestação junto ao alto risco do Hospital Vila da Serra, onde a Clarice ficaria internada ao nascer, caso fosse necessário.
Sabíamos que ela tinha uma má formação. Por diversas vezes me perguntei porque, outras me revoltei, mas sobretudo, tive muito medo. Uma má formação no cérebro é assustadora.
O cisto desenvolveu para hidrocefalia. Mais tarde visualizou-se, durante uma ressonância magnética, um tumor atrás do olho esquerdo. Aos 6 meses de gestação a hidrocefalia era muito significativa e sabíamos que ela podia nascer prematuramente. Sabíamos também que quanto mais tempo ela ficasse quietinha na minha barriga, melhor seria para ela. Afinal, não precisaria respirar, comer e nem manter a temperatura do corpo; fazemos tudo por eles.
Consegui levar minha gestação até as 34 semanas. Ela precisava nascer, a cabecinha estava cada vez mais comprimida. Assim esperamos pela vaga da UTI e marcamos o parto. E então, presenciei o milagre da vida de uma maneira tão intensa, como nunca.
Tenho três filhos, Ana Terra, João e Clarice. O milagre da vida está presente em cada um deles. Cada bebê é a prova maior que Deus existe, um ser tão perfeitinho, iluminado, mágico. Quando a Clarice nasceu tive a certeza de que ela viria e era o que eu mais queria, em muitos momentos fui desenganada sobre sua vida e nesse momento a entreguei de todo coração para que Deus fizesse o melhor.

Ela nasceu guerreira e vitoriosa. Forte e grandona para um bebe prematuro, maior que os outros dois que chegaram nos 9 meses, tinha 50cm e mais de 3kg. Ao nascer teve três paradas respiratórias e foi imediatamente entubada. Mal a vi. Fui pro quarto pós operada, não consegui pregar os olhos, nem com a anestesia. O pai foi conhecê-la assim que pode e tirou umas fotos pra mim. Passei a noite em claro, namorando aquelas três fotos.
Naquele dia não sabia qual historia de UTI teríamos e nem a dimensão que é isso. Realmente apenas quem passa por isso pode saber. Mas nesse caminho somos agraciados com verdadeiros anjos ao nosso lado. Hoje sou extremamente agradecida a essa oportunidade que tive em minha vida.
Ficamos 3 meses e meio na UTI. Clarice nasceu, foi entubada, fez uma tomografia, descobriu-se um outro tumor na fossa posterior (próximo ao cerebelo), onde ela tem a lesão caracterizada como Síndrome de Dandy Walker. Com menos de 48 horas de vida ela passou pela primeira cirurgia, foram seis até hoje.
A cirurgia, terceira ventriculostomia, foi um sucesso. Colheram material para biopsia, o neurocirurgião falava em metástase. Não sabia o que esperar, pois para mim era tudo muito desconhecido, apenas estava lá segurando aquela mãozinha daquele serzinho se mostrava cada vez mais forte. E foi o que pude fazer durante 105 dias.
Passados os primeiros 15 dias, pude pela primeira vez segurar minha filha no colo. Chorei como uma criança. E esperava leva-la para casa. O resultado da biopsia era inconclusivo, mas dava sinais de ser um tumor benigno e raríssimo. A hidrocefalia tinha sido controlada. Estava feliz.
Mas na UTI, cada dia é um dia. Minha esperança de leva-la para casa foi adiada, a cirurgia não fazia mais efeito, o liquor voltava a acumular na sua cabecinha e pressionar o cérebro. A hidrocefalia tinha voltado. Decidiu-se pela válvula, a DVP. E minha guerreirinha foi novamente para o Bloco Cirurgico.
Novamente um sucesso. Porem não contávamos com a infecção e, assim Clarice passou pelos seus piores momentos de UTI. A primeira convulsão me fez entrar em choque, a febre não cessava, seu sistema respiratório deprimia. A pequenina lutava mais que nunca pela vida, lutava contra os tumores, lutava contra uma infecção no cérebro. Depois vieram mais convulsões e uma dor que não cessava. Seu olho esquerdo já não fechava e nem se mexia. Clarice dormia somente com morfina e eu já não conseguia vê-la sofrer.
Externaram a válvula, mas a infecção continuava lá e a dor persistia. Estava muito frágil e os médicos tinham receio de que ela não resistisse. Foi
novamente para o Bloco, tirou a tal da válvula, fez a terceiro ventriculostomia novamente, lavou a cabeça por dentro, viu-se fungos macroscópicos.
Durante esse período a dor não cessava, nunca havia sentido o significado da expressão aperto no coração como nesses dias. Mas esse anjinho nasceu para nos brindar com lições de fé e amor. E eu que pedia a Jesus por um milagre todos os dias, estava presenciando um. Clarice melhorava e depois de três meses de UTI ela estava finalmente estável.
Os tumores ainda estavam lá e a hidrocefalia também. Os médicos decidiram esperar, e como estávamos já na UTI há mais de três meses, há 10 dias estável pedi para sair. Discutiu-se a situação dela na reunião clinica e optou-se pela gastrectomia e alta para casa. Nem parecia verdade.
Fomos novamente para o Bloco, mas dessa vez na esperança de ir para casa. Se desse tudo certo em 3 dias. E assim foi. Nesse meio tempo fizemos uma nova ressonância magnética. Pois ninguém entendia o que estava acontecendo, o olho esquerdo já estava quase fechando e tinha voltado a se movimentar. Para nossa felicidade os tumores estavam necrosando por dentro. Em 15 dias fariam uma cirurgia de altíssima tecnologia na qual aspirariam a parte necrosada, já que a cirurgia convencional para ela é impossível devido a sua idade e ao seu tamanho.
Fomos para casa, depois de três meses e meio, com data para voltar. Nunca tinha sido tão feliz. As noites em claro me enchiam de prazer, tinha meus três pequenos juntos, podíamos curtir nosso bebe.
Voltamos para o Bloco Cirúrgico 15 dias depois. O plano de saúde não liberou o aparelho para sucção dos tumores. Tivemos que nos envolver em uma discussão que não era nossa e sim entre convenio e Hospital. Clarice entrou para o Bloco Cirúrgico e não sabíamos o que os médicos fariam, pois a situação dela era de risco, sua cabeça estava enorme. Após duas horas de cirurgia o convenio libera o aparelho, de nada adiantava. Seis horas depois a cirurgia termina, tinham colocado novamente a válvula (DVP) e colhido material para biopsia. Tremi e rezei para que ela não tivesse nenhuma complicação. Tínhamos passado as piores horas de nossas vidas graças a DVP anterior.
Tudo correu bem e fomos para casa. 15 dias depois, para minha casa mesmo. Fazia 4 meses que estava longe de casa.
Hoje tenho certeza que somos especiais. Estamos há um mês em casa, vamos ainda mensalmente a BH, mas agora temos tempo. Continuo pedindo a Jesus um milagre e tenho a certeza de que Ele está operando. Fazemos acompanhamento na APAE, Clarice já mama 30ml e a dor diminuiu bastante, seu corpinho ainda luta contra os tumores. Joao, seu irmão, diz que ela é o Sol da vida dele; Ana Terra, sua irmã, diz que ela é a melhor coisa que aconteceu
em sua vida. E eu tenho muito orgulho de ser mãe de um serzinho tão iluminado e vencedor, me sinto abençoada.



domingo, 25 de novembro de 2012

Conhecendo um pouco da UTIPEDIÁTRICA

Em alguns casos, a criança poderá necessitar permanecer um período na unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP). Habitualmente, são crianças que apresentam algum distúrbio, problema ou doença que precisam de cuidados e/ou tratamentos especiais.

Neste grupo de pacientes podemos incluir, por exemplo, as crianças oriundas do centro cirúrgico em pós-operatório de grandes cirurgias como as cirurgias cardíacas ou as neurocirurgias. Na UTI pediátrica as crianças são monitoradas de forma completa 24 horas por dia.

Descreveremos abaixo algumas particularidades que os pais devem esperar se o seu filho for admitido na Descreveremos abaixo algumas particularidades que os pais devem esperar se o seu filho for admitido na UTI pediátrica.

UTI Pediátrica
UTI Pediátrica

Quais os equipamentos disponíveis na UTI Pediatrica


As UTIs pediátricas são unidades desenhadas para proporcionar cuidados e tratamentos únicos para as crianças criticamente enfermas. Neste sentido, possuem máquinas, equipamentos e dispositivos complexos para cumprir estes objetivos. Embora, à primeira vista, estes equipamentos possam parecer assustadores, eles foram todos desenvolvidos para ajudar a equipe interdisciplinar a cuidar das crianças gravemente doentes. Ter algum conhecimento sobre o que cada equipamento é e o que ele faz, pode ser de auxílio na minimização dos temores que uma internação na UTI Pediátrica pode gerar.

O monitor cardiorespiratório exibe continuamente os traçados das freqüências cardíaca e respiratória. Para tanto, necessita que sejam instalados cabos e sensores nos membros ou no tórax da criança.

O monitor de pressão arterial mede a pressão arterial da criança através de um manguito que pode ser colocado nos braços ou nas pernas. Caso seja necesária uma monitorização mais precisa e frequente da pressão arterial, instala-se um pequeno cateter em uma das artérias da criança.

O oxímetro de pulso mede a oxigenação do sangue através de um pequeno sensor luminoso que pode ser instalado em várias partes do corpo, como dedos, orelha e artelhos.

Nas situações específicas, pode ser necessária a instalação de uma cânula ou tubo endotraqueal. Este dispositivo é inserido através da boca e dá acesso à traquéia e o pulmão da criança. Este tubo é preso com fitas adesivas e é conectado a mangueiras que, por sua vez, se ligam ao respirador, que é a máquina que ajuda a criança a respirar e que oferece o oxigênio suplementar. Durante o período em que o tubo for mantido, a criança ficará incapaz de falar ou emitir sons.

A sonda enteral é um cateter ou tubo que é inserido através do nariz, até o estômago ou intestino, para a oferta de alimentação e nutrientes naquelas crianças impossibilitadas de se alimentar pela boca.

As bombas de infusão são equipamentos que, estando acoplados a um equipo de soro, permitem a oferta de líquidos, medicações e outros produtos com extrema precisão na veia ou no estômago das crianças.

Quem cuidará dos pacientes?


A UTI Pediátrica conta com uma equipe interdisciplinar completa composta por médicos intensivistas experientes, enfermeiras e fisioterapeutas especializados além de nutrólogos e farmacêuticos dedicados para a unidade. Conta ainda com médico especializado em oferecer apoio psicológico às crianças e familiares durante a internação. Além disto, as crianças poderão ser acompanhadas por outros médicos de diversas especialidades clínico-cirúrgicas, se as circunstâncias demandarem.

Como são as visitas na UTI Pediatrica


A UTI Pediátrica tem a política de permitir a presença de dois acompanhantes durante o dia e é recomendado que somente um acompanhante permaneça durante a noite no hospital. Outros visitantes poderão entrar na unidade nos horários estabelecidos de visitas. Em alguns casos poderá haver a restrição a visitantes externos.

O que os pais podem fazer pelos seus filhos na UTI Pediatrica?


Quando uma criança é admitida na UTIP ou UTI pediátrica, os pais frequentemente se sentem assustados, angustiados e impotentes. É importante destacar, entretanto, que, mesmo naquelas crianças que estejam recebendo alguma medicação sedativa, a presença e o apoio dos pais são extremamente positivos.

Os pais podem ter um papel ativo em proporcionar conforto para os seus filhos durante a internação na UTIP. Para isso devem, por exemplo, conversar com ele, tocá-lo e dar muito carinho. Além disso, os pais podem trazer as músicas favoritas da criança, fotos da família, amigos e animais de estimação e podem trazer algum pequeno objeto que ajude a criança a se sentir segura.

O bebê na UTI...orientações !


Quando as coisas não correm como o previsto, pais e mães são obrigados a tirar forças sabe-se lá de onde para superar as dificuldades. A vida do bebê internado na UTI neonatal é cheia de altos e baixos. São pequenas vitórias e revezes inesperados, seguidos de novas conquistas, enquanto não chega o grande dia: voltar para casa forte e saudável nos braços dos pais.

As sugestões abaixo se baseiam nas orientações da entidade norte-americana March of Dimes, que desde 1938 se dedica ao bem-estar dos recém-nascidos e ao combate à prematuridade.

Não tente ser durona; permita-se chorar

Você tem todo o direito de estar triste e preocupada -- e as mudanças hormonais do pós-parto colaboram mais ainda para que a vontade de chorar venha com tudo.

Aproveite o colo mais próximo. Se não quiser preocupar mais seu parceiro, ou alguém da sua família, recorra a uma pessoa um pouco menos envolvida, como uma amiga ou amigo. Quem sabe você fique mais leve para continuar dando força ao seu companheiro. E, é claro, para o seu bebezinho, que logo logo não vai mais querer sair dos seus braços.

Informe-se sobre a saúde do bebê

Aproxime-se do pessoal que trabalha no centro de tratamento intensivo e não tenha medo de fazer perguntas. Entendendo melhor a situação do bebê, você vai se sentir menos excluída, e além disso vai poder fiscalizar e auxiliar o trabalho dos médicos e enfermeiros. Eles podem até parecer meio "frios" porque lidam com aquele tipo de situação todos os dias, mas no final das contas o objetivo deles é exatamente o mesmo que o seu: fazer com que seu bebê volte saudável para casa.

Na hora de ouvir as explicações, pode ser útil levar outra pessoa, para ajudar a processar toda a informação. Anote durante o dia as perguntas que forem lhe ocorrendo, para não esquecer de fazê-las ao médico na hora da visita. Veja aqui algumas idéias de perguntas.

Participe dos cuidados

Deixe bem claro que você quer pôr a mão na massa para ajudar a cuidar do seu filho: pegar o bebê no colo, dar banho, dar de mamar assim que possível, experimentar o sistema "canguru". A interação com os pais é benéfica para a criança, e os profissionais do hospital sabem disso.

Se você é mãe de primeira viagem, lembre-se de que é 100 por cento normal achar que não vai saber fazer as coisas direito. Mesmo que já tenha filhos, o ambiente da UTI é tão diferente e de certa forma assustador que não é de surpreender que você fique insegura. Peça ajuda aos enfermeiros que tudo vai dar certo.

Crie uma rotina

Procure encontrar uma maneira de coordenar a vida em casa e as visitas ao hospital. Permita-se ir para casa descansar um pouco. Seu bebê precisa de você, mas também é importante que você se cuide, faça companhia a seu parceiro e aos outros filhos, se tiver. Até a sua produção de leite pode se beneficiar disso. O descanso é fundamental porque não dá para saber quanto tempo a maratona de UTI vai durar, e a família acaba ficando emocionalmente esgotada, o que só agrava a situação.

Também é bom tentar fazer alguma coisa que goste, como ler, sentar para assistir a um programa de TV ou filme, ou fazer exercícios adequados para o pós-parto. Quem sabe uma caminhada leve no parque ou na praia? Não é questão de se divertir. Sabemos que seu coração vai continuar lá no hospital. É questão de arejar a cabeça. Assim você vai ficar mais forte para acompanhar a jornada do seu bebê até a esperada alta.

Converse com outros pais

Os pais que esperam com você o horário de visitas no centro de tratamento intensivo sabem exatamente pelo que sua família está passando. Troque idéias com eles, faça amizades. Será bom para todos. Vocês podem, por exemplo, fazer favores uns aos outros -- buscar uma comida, dar uma carona, passar um recado para alguém. É sempre bom ter aliados no ambiente da UTI.

Você também vai acabar conhecendo as crianças internadas e acompanhar as histórias delas -- e, tomara, vibrar com cada vitória.

Busque algum conforto

Pergunte se no hospital não há um serviço de psicologia. Ele pode ser de grande valia para ajudar você e sua família a enfrentar a situação. São profissionais treinados para lidar com toda a ansiedade e preocupação dessa hora.

A introspecção pode ser positiva também. É normal questionar a fé nessas situações, por isso muitas pessoas se sentem desconfortáveis de pedir ajuda a um líder espiritual desse tipo. Mas não é preciso adotar nenhum preceito de uma religião formal. Talvez você se sinta melhor só de reservar um tempo para si mesma, para pensar, mentalizar, meditar, sejam quais forem suas crenças.

Os hospitais costumam ter uma capela ou um local tranquilo, ecumênico, de meditação. Fuja para lá se precisar ficar um pouco quietinha, ou se quiser se concentrar e mandar boas energias para o bebê. Se achar que isso vai te ajudar, converse com o pastor, o padre, o rabino ou qualquer outra pessoa que lhe inspire confiança e paz.

Escreva um diário ou mantenha um blog

Organizar os sentimentos na linguagem escrita pode ajudar você a processá-los melhor. O diário também pode encorajá-la, nas horas de melancolia, pois com ele fica mais fácil lembrar todas as pequenas vitórias que seu filho já conquistou. Você nem precisa mostrar o blog para mais ninguém. Só o ato de escrever talvez já sirva de desabafo, fazendo-a se sentir melhor.

Permita-se ter orgulho do seu filho

É claro que acima de tudo você vai estar preocupada com a saúde do bebê. Mas procure documentar estes primeiros momentos. Daqui a algum tempo, a experiência do hospital vai parecer uma lembrança distante, e você vai gostar de ter as fotos dessa fase.

Além disso, você tem direito de se alegrar com o nascimento do seu filho. Pode não ter sido exatamente como você imaginou, mas, mesmo com os tubos e aparelhos, ou sendo bem pequenininho, ele é lindo!

Crie um cantinho especial

Pergunte às enfermeiras e enfermeiros do centro de tratamento intensivo o que você pode fazer para personalizar o cantinho do seu bebê. Dá para colar fotos da família perto dele, por exemplo, ou até levar algum bonequinho, se os médicos aprovarem. Assim o hospital fica um pouco menos impessoal.

Aceite ajuda

A rotina de ir e vir do hospital é cansativa. Nem sempre há o que comer, e as despesas com condução ou estacionamento começam a se acumular. Fora as tarefas da casa, que ficam muito em segundo plano. Quando alguém demonstrar que quer ajudar, aceite. Você pode até especificar alguma coisa, como pedir para a pessoa trazer um lanche, fazer companhia, dar uma carona.

Informe-se na maternidade ou no hospital se há algum esquema de apoio aos pais. Às vezes há facilidades como desconto ou isenção de estacionamento, locais para fazer refeições, apoio psicológico etc.

Caso tenha outros filhos em casa, será imprescindível recorrer a familiares e amigos. As pessoas que gostam de você vão se sentir melhor de poder oferecer uma ajuda concreta nestes momentos difíceis. Você terá inúmeras oportunidades de retribuir todo o apoio quando voltar à rotina.

Compreenda que seu parceiro vai reagir do jeito dele à situação

Cada pessoa enfrenta os percalços da vida de uma maneira. Talvez seu parceiro fique calado, sem demonstrar os sentimentos. Talvez fique bravo e desconte em alguém. Ou pode ser que fique um caco. Se vocês conversarem um com o outro, vão poder se ajudar para superar esta fase difícil.

Não se culpe de dar mais atenção a um bebê que a outro

Se você tem mais de um bebê internado, é compreensível que às vezes precise ficar mais perto de um que do outro (ou outros). Vá tentando conhecer cada um dos seus filhos aos poucos, e, se um dia sentir que precisa dar mais carinho para um, faça isso sem culpa. Peça a outra pessoa que ajude a fazer companhia ao(s) outro(s). 
Deus é Fiel !

O que perguntar aos médicos da UTI?

É importante que você compreenda o que está acontecendo com a saúde do seu bebê, não só para acompanhar o progresso dele, mas também para dar sua opinião, fiscalizar o trabalho da equipe, colaborar com os médicos e enfermeiros e defender os interesses do seu filho. As orientações abaixo foram baseadas em conselhos da entidade March of Dimes, criada em 1938 nos Estados Unidos para promover a saúde de recém-nascidos. 

Pergunte

É normal ter perguntas e mais perguntas na cabeça sobre o estado do bebê e sobre tudo o que vai acontecer com ele. Mas nem todas as pessoas gostam de ouvir toda a informação de uma vez só. Às vezes pode ser benéfico ir sabendo dos detalhes aos poucos, para conseguir processar tudo. 

Pode ser que você tenha que fazer as perguntas mais de uma vez. Ou porque não entendeu as respostas da primeira vez (o que é compreensível, porque às vezes os assuntos são complicados e sua cabeça está cheia), ou porque simplesmente não existem respostas definitivas. 

Use sua curiosidade como guia. Vá anotando as perguntas que tiver, e corra atrás das respostas quando achar que está pronta para isso. Você pode fazer anotações enquanto o médico explica, para rever as respostas depois. Ou pode convidar alguém para ouvir as explicações com você, porque com quatro ouvidos atentos há menos chance de detalhes importantes escaparem. 

Procure concentrar suas perguntas num profissional específico, de preferência o neonatologista diretamente envolvido no cuidado com o bebê. No centro de tratamento intensivo, você vai ter contato com vários profissionais, entre enfermeiros, auxiliares, plantonistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros especialistas. Se for perguntar tudo a todos, talvez fique zonza com tanta informação. 

O que perguntar

• Como o bebê está hoje? 
• Mudou alguma coisa no estado dele? 
• O que está provocando esse problema? 
• Como esse equipamento ou esse remédio vão ajudá-lo? 
• Que exames estão sendo feitos, e o que os resultados vão mostrar? 
• Que remédio é esse? Para que serve? De quanto em quanto tempo ele é administrado?
• Quem é o responsável pelo atendimento ao meu filho? 
• Com quem devo falar se precisar perguntar alguma coisa sobre o estado do meu filho? 
• Serei informada se houver alguma mudança no estado do meu filho? Como? Por quem? 
• Posso pegar meu filho no colo? 
• O que posso fazer para ajudar a cuidar do meu filho? 

Faça parte da equipe médica

De cara, tenha como seu grande objetivo manter um ótimo relacionamento com a equipe do centro de tratamento intensivo. Com o tempo, ao passo que vai conhecendo os médicos e enfermeiros, você vai se sentir mais à vontade para falar com eles, expor suas dúvidas e dar sugestões. Peça a eles que a mantenham sempre informada sobre o estado do bebê. 

Deixe claro que você e seu companheiro querem ser ouvidos se houver decisões importantes sobre o tratamento. Afinal de contas, vocês e a equipe médica têm o mesmo objetivo: deixar seu filho forte e saudável para ir logo para casa. 

Prepare-se para a sensação de incerteza

Há certas coisas que são difíceis de ouvir. Mas pode ser ainda pior não saber o que esperar. Procure sentir o que a deixa mais tranquila. Há pessoas que preferem saber todos os detalhes do problema, que estudam as doenças e acabam se tornando experts no assunto. Já outras ficam assustadas com informação demais e preferem confiar apenas no que o médico lhes diz. 

O certo é que, no dia-a-dia do CTI, sempre pode haver uma surpresa, agradável ou não. Comemore as pequenas vitórias, e esteja preparada para, a cada dois passos avançados, recuar um. O importante é que, no final das contas, o bebê continue caminhando para a grande meta: ter alta. 

domingo, 18 de novembro de 2012

Desabafo:mãe da Clarissa !

"Hoje eu chorei! Chorei sem que nada de diferente tivesse acontecido em minha rotina, mas chorei!" 
Quando decidimos nos tornarmos mães, fazemos diversos planos e temos variados motivos: um bom momento no amor, a idade que nos faz lembrar que o relógio biológico está gritando, um sonho talvez! Tomada esta decisão, isso pode ser muito fácil para muitas, um dia, dois, um mês... pronto está encomendado o bebê. Para outras é mais sofrido, tenta um, dois, três anos talvez, busca respostas na medicina, briga com Deus... mas um dia está lá no seu exame o seu positivo, e a alegria é imensa. 
Tem gravidez que é super tranquila, nada dói, a futura mamãe se sente linda, não enjoa de nada, uma benção. Tem gravidez que é complicadinha, a gente fica gorduchinha demais, inchadinha demais, dolorida demais, mas em qualquer uma delas a alegria de ver a barriga crescer e saber que o seu bebê está chegando é muito grande. 
Quando estamos acariciando nossos ventres cheios de esperança e vida, pensamos no momento do parto, na alegria que sentiremos, seja ele parto natural ou cesárea, na cara de alegria do papai com a filmadora na mão para registrar a chegada de alguém tão especial, na carinha dos avós e tios no vidro do berçário esperando para conhecer um bebê gordinho e lindo. 
Mas nem todas nós realizamos todos os sonhos que uma gravidez nos traz, algumas, como eu por exemplo, vê seu mundo desabar quando depois de receber o positivo, é brindada com um sangramento, pequeno, quase imperceptível, mas que pode resultar no fim de todos esses desejos de maternidade. Quem como eu sangra da oitava até a décima terceira semana, faz repouso, não curte nada, nem enjoô sente, de tão aflita com a situação. Mas aí como por encanto, o sangramento cessa, vc se sente bem outra vez, pode voltar ao trabalho, pode voltar a vida NORMAL, com um barrigão enorme a tiracolo.Tudo o que vc queria. 
Final Feliz? AINDA não... algumas semanas depois, vc pensando em fazer book da grávida e se o kit do berço será rosa, lilás, amarelo (sim é uma menina) a bolsa se rompe, não se rompe de uma vez não, vaza vagarosamente, como se fossem gotas de vidas saindo de dentro de você, que não entende nada de medicina e fica muito confusa com tudo isso. 
26 semanas, minha bolsa estourou, e agora?????????????? 
Tudo roda em nossa mente quando a médica plantonista nos informa que estamos sim em trabalho de parto e que ela está vendo os cabelos de nossa filha... 26 semanas! Você pensa em uma fração de segundos porque Deus está fazendo isso com você e que tudo acabou ali mesmo. 
Vem o parto, cesareana, o maridão não consegue entrar na sala, fica passando mal do lado de fora rezando para que as notícias sejam boas, aquele filme sonhado, não existe nem tempo para lembrarmos que ele foi sonhado, as carinhas felizes no berçário esperando um bebê de 3Kg, são esperanças passadas. 
Nasceu! 860 gramas, bem mais leve do que qualquer bebê muito magrinho que você tenho ouvido falar, eu ouvi o choro, baixo, fraco, ao invés da criança robusta e rosada, estava lá, um serzinho pequeno, frágil, arroxeado, minha filha! 
64 dias de uti, dia a dia contando gramas e fazendo festa para cada grama, cada gota de leite materno colocado na sonda a cada 3 horas, cada obstáculo transposto, cada exame com resultado normal, cada palavra de incentivo vindo de uma enfermeira ou médicos, cada história triste, mais triste que a sua, que te faz chorar no caminho de volta para casa, triste pela mãe que sofre e feliz porque a sua filha está bem. 
E ela finalmente vem para casa e tudo corre bem, e vc se distrai com o dia a dia, o almoço para fazer, a casa para limpar, a sogra que deu palpite, os problemas financeiros, as contas para pagar, a rotina inteira de um bebê todos os dias para administrar. E o tempo vai passando... 
E hoje dia 15 de outubro de 2009, às 20H eu chorei, chorei quando dei a última mamadeira para minha filha de 7 meses e 18 dias e ela se aconchegou em meus braços para dormir mais uma noite tranquila, linda, forte, saudável, feliz, uma criança sorridente, equilibrada, nossa alegria, nosso amor maior. CHOREI quando ela colocou a mãozinha meu peito, querendo sentir o calor da minha pele enquanto embalava no sono, linda!!! 

Nanda...mãe do Theo !


Minha estória começa antes da grávidez, eu tenho miomas repetitivos e endometriose, e quando decidi engravidar foi pq o medico disse que se esperasse mais poderia não conseguir.

Quando descobri que estava grávida já estava de 4 meses, fiz uma consulta de pré natal e uma ultra morfologica onde descobri que me vinha o Théo e o mais importante que ele era perfeito, na segunda consulta já a surpresa, Théo estava encaixado e pronto pra nascer, a médica me colocou em repouso absoluto e marcou nova ultra pra semana seguinte, Théo não esperou nasceu dois dias depois, de 27 semanas, prematuro extremo, com 930 gramas e 31,5cm, nasceu de parto normal, não o vi, assim que nasceu chorou, mas logo parou e aquele mundo de medicos envolta do meu bb ele foi direto para a UTI.

Quando fui visita-lo, na tarde do mesmo dia, ele nasceu as 10:15 do sabado 22-11-08, o vi as 14:00h ele era minusculo, estava todo entubado, mal podia ver seu rosto, a encubadora toda embaçada para manter o calor dele, não pude nem toca-lo na primeira semana pois ele estava em contato minimo.

Durante os 50 dias em que ele esteve na uti teve 5 infecções generalizadas, fez tranfusão 4 vezes, recebeu plasma 2, teve anemias graves, e uma intercolite necrosante que foi revertida sem cirurgia graças a Deus, Théo não aceitava o pré nan nem o Alfarré, só aceitava leite humano, eu tive minha luta particular para manter a minha produção de leite enquanto ele não podia mamar.

Respirou por aparelhos por 4 dias, e depois ficou em CPAP vario outros, teve varias idas e voltas, e cada recaida e cada intercorrencia dele, eu tentava ficar mais apegada e nunca pensar no pior, nunca chorei perto do meu filho sempre estava bem humorada e tentando passar para ele a certeza que tudo aquilo uma hora acabaria e ele viria pra casa comigo.

Depois de 50 dias saimos da UTI e fomos para o mãe canguru onde fiquei enternada com ele para que ele pegasse peso e apredesse a mamar, ai foram mais 18 dias de angustia pq Théo demorou a pegar peito e foi uma luta mas essa tambem vencemos, saimos da maternidade onde ele nasceu com ele só no peito sem nenhum complemento e ganhando peso e fomos para outro hospital onde ele fez uma cirurgia de hérnia inguinal e 2 dias depois finalmente viemos para casa.

Hoje ele é a razão de toda a minha alegria é um bebe linda saudavel e sem sequelas Graças a Deus.

Mães de UTI:Como conviver com o drama?


Qual a importância do acompanhamento psicológico na fase em que a mãe está com o filho na UTI?
É absolutamente necessário que a mãe tenha um espaço para contar sua própria história com o filho enfermo, a fim de que ela resgate seu saber materno e a confiança nele, ao passo que a hospitalização e as falas médicas perpassam esse saber, invadindo-o e afetando, por conseguinte, o vínculo mãe-filho, fundamental para ambos, psiquicamente. Esse espaço é possível por meio do trabalho do psicólogo.

Portanto, creio na absoluta importância do relato, a ser alvo de uma escuta analítica adequada pelo psicólogo, com a finalidade de colaborar com o desenvolvimento do favorecer profundo da irrigação da semente da resiliência, capacidade de recuperação emocional fundamental diante de situações dramáticas com um filho.

O psicólogo, no contexto hospitalar, mantendo-se, muitas vezes, simplesmente à disposição, silenciosa e empaticamente, transbordando amor e esperança e permitindo que a mãe compartilhe seu sofrimento, seu peso, sua carga, sua dor, propicia a catarse emocional, ou seja, “o derramar”/“despejar” de sua angústia, que nem sequer cabe em si mesma.

O psicólogo, juntamente com o ser humano sofrido à sua frente, precisa estabelecer um vínculo satisfatório com ele, por intermédio de um investimento psíquico de sua parte, capaz de cumprir seu papel básico: empatia, continência, apoio. Isso alivia a alma, resgata questões fundamentais dos vínculos com o filho, fazendo com que se retome aquilo que podemos chamar de “fôlego emocional” para prosseguir no contexto hospitalar até que se faça necessário. 
Como fica o psicológico da mãe quando um bebê, que acabou de sair de seu útero, tem que permanecer dias ou até meses na UTI? É o mesmo sentimento da mãe com o filho já grandinho, que já teve a convivência familiar, ou é mais intenso?

Qualquer caso de hospitalização de um filho em UTI geralmente traz uma complexidade de sentimentos bastante intensos. Esta questão é muito importante, porque cada mãe, imersa em suas próprias angústias, pode imaginlar, vivencia suas dores, seus impasses, suas frustrações, seus medos e as condições que conduzem a tudo isso de maneira absolutamente diversa de outrem, ainda que tais condições sejam, concretamente, muito parecidas.

Há elementos psicológicos bastante diversos, além da questão da individualidade supracitada, que podem ser considerados como situações comuns, psicodinamicamente falando: a mãe que acaba de ter o bebê, ainda que ele não necessite de uma UTI, sente a separação de seu pequeno, que por nove meses esteve dentro de si mesma. Os sentimentos dela já podem conter ambivalências, como alegria e tristeza, ao mesmo tempo, por ver-se com a barriga vazia, por assim dizer. Então, indubitavelmente, se seu filhinho precisa ser levado para receber um tratamento intensivo, ficando ainda mais longe dela e precisando de cuidados especiais por algum motivo que sempre será preocupante para a mãe que tanto deseja seu filho, ela apresentará uma demanda emocional carente de maiores cuidados.

Qual é a importância da presença da mãe na UTI neonatal, para o bebê?

O bebê, em seus primeiros meses de vida, tem na mãe a continuidade de si mesmo. Portanto, sua presença é de importância vital para ele, sobretudo quando ela pode lhe mostrar todo o seu amor, conversando com ele a respeito do quanto ele é importante para ela, bem como em relação ao fato de ele ter um lugar especial, somente seu, no seio familiar. O bebezinho já é capaz de compreender isso, do seu jeito, pelo tom da voz da mamãe, que ele reconhece. O método Mãe-Canguru, quando o bebê pode ser pego no colo (há casos em que isso é contraindicado pelos pediatras, por algum tempo), e a própria amamentação, quando possível, são maravilhosos para o bebê. No método Mãe-Canguru, o contato pele a pele propicia um verdadeiro alimento de amor e segurança/confiabilidade ao pequenino.



E quanto às crianças maiores? Como explicar a elas sobre o que estão fazendo na UTI sem traumatizá-las? Como lidar com procedimentos dolorosos?Tanto as crianças maiores quanto os bebês carecem de explicações sinceras a respeito do que estão fazendo na UTI. Quando o quadro é mais grave e/ou crônico, deve haver muita sensibilidade e, de preferência, a orientação de um psicólogo a respeito de como deve ser dito, de acordo com cada caso. Para tanto, o psicólogo também precisa ter conquistado já a confiança da mãe ou acompanhante, sendo muito empático, “colocando-se no lugar” de quem estará ouvindo o que precisa ser contado, sempre se considerando os limites para isso. Por exemplo, ainda que a criança tenha sido desenganada, não temos o direito, como psicólogos e nem mesmo como seres humanos, de retirar a esperança nem dos pais e nem do pequeno paciente. O desfecho de cada caso será único e uma verdadeira incógnita.
Foram inúmeras as vezes em que presenciei, em todos esses anos de experiência, surpresas maravilhosas que contradisseram totalmente o que as estatísticas previam. Portanto, há de se ter muito cuidado em não “avançar o sinal”, ao comunicar a criança sobre o que está se passando. Na verdade, cada dia deve ser vivido na esperança de que o dia seguinte será melhor, independentemente do diagnóstico e do prognóstico obtido. Afinal, a vida e seus tropeços ou avanços são mistérios a serem desvendados passo a passo.

Quanto aos procedimentos dolorosos, a sinceridade a respeito de como eles serão é de primordial relevância. De nada adianta dizer que não doerá, se vai doer. Pelo contrário: a criança sente-se traída quando não se lhe diz a verdade. Podemos amenizar o medo e a ansiedade, contando-lhe somente quando estiver exatamente na hora em que se dará o procedimento, sendo isso possível. Ainda mais, podemos lembrar ou informar à criança que é necessário para seu bem e que a dor ou o desconforto passará.

Mesmo que a criança esteja em coma, é preciso conversar com ela! Ela ouvirá; sentirá a presença da mãe, daqueles que a amam! Pesquisas já comprovaram este fato.



No caso das crianças maiores, como criar uma atmosfera agradável e com jeitinho de casa, para que a criança possa abstrair um pouco que está no hospital?
Esta pergunta também apresenta fundamento indiscutível, no sentido de se buscar uma compreensão de fatores que possam amenizar a angústia e os medos decorrentes desse estranho e, normalmente, aversivo lugar.

Todavia, há grandes limites para que se consiga criar uma atmosfera agradável e com jeitinho de casa, infelizmente. O que se pode fazer é levar joguinhos, atividades das quais a criança goste e possa realizar na caminha, televisão, brinquedos que sejam permitidos pela instituição (devido à possibilidade de infecções, alguns materiais não podem entrar na UTI).

A presença da mãe ou outra pessoa em quem a criança confie é importantíssima, sendo que a mãe deve buscar ajuda profissional nessa condição de aflições e receios, a fim de que possa estar o mais tranquila possível para conseguir transmitir mensagens “de coração para coração” de esperança, força para prosseguir em uma luta que terminará.


De que forma as mães com filhos na UTI podem ajudar umas às outras?
A sala de espera da UTI é um lugar onde pode haver trocas de experiências e sentimentos muito salutares entre as mães. Ali, constroem-se amizades, muitas delas para a vida inteira, edificando cada membro deste grupo que se forma naturalmente. Ainda que haja uma diversidade enorme de casos, as mães que ali se reúnem sabem, em alguma medida, o que as demais estão passando.

Falo, aqui, da força do grupo. Nele, as angústias, os medos, as fantasias, as esperanças são todos sentimentos compartilhados. A fé é compartilhada e a vontade de que tudo dê certo uns para os outros parece prevalecer.

domingo, 11 de novembro de 2012

Minha historia,minha vida !

As mães que tiverem interesse em contar como foi e como é sua experiência é só mandar a história por email e se quiser pode colocar fotos em anexo...Vamos unidas passar este momento tão difícil e vibrar juntas cada vitoria.
Também sintam-se a vontade para comentar nas historias uma das outras..lembrem-se que unidas somos muito mais fortes !!!!
P.S: Meu email é daniieleazevedo@hotmail.com
beeijos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Karla mãe de Carol


                        
          

      
           MEU NOME É KARLA, SOU MÃE DE UTI,   TENHO 34 ANOS E À 3 ANOS, EU E MINHA FILHA CAROLINE MORAMOS PRATICAMENTE NA UTI ,  SOU DE CARLOS CHAGAS (MEU MARIDO RESIDE LA)  MAS LEVAMOS CAROL PARA TEOFILO OTONI, CIDADE PRÓXIMA, A 10 HRS DE BH , MAS A CIDADE NÃO TEM ESTRUTURA E VOLTAMOS. 
              CAROL FOI INTERNADA COM 7 MESES  ... PNEUMONIA! CHEGOU A SER INTUBADA AS PRESSAS NO QUARTO NO VILA DA SERRA ONDE DE IMEDIATO FOI P UTI E DE LA NÃO  MAIS SAIU, FOI DESCOBERTO COM O TEMPO UMA SÍNDROME MUSCULAR ONDE A CRIANÇA VAI PERDENDO AOS POUCOS OS MOVIMENTOS , NUMA DESSAS TENTATIVAS DE LEVÁ-LA PARA O INTERIOR PEGOU PNEUMONIA E CONVULSIONOU,  LESANDO O SEU CÉREBRO, HOJE EM DIA ELA RESPIRA POR APARELHO,  MEXE APENAS OS OLHINHOS E ENTENDE ALGUMAS COISAS COMO POR EX, QUEM É A MÃE, CHORA P IR P O COLO E FAZ MANHA, ADORA DVD E CARINHO ..RS  ERA UMA CRIANÇA SORRIDENTE E SAPECA E FALAVA JÁ ALGUMAS PALAVRINHAS.. COMO COMPREENDER ISSO ENTÃO! ...NEM SEI ... APENAS SEI QUE TEMOS 3 FASES PARA SEGUIRMOS EM FRENTE... A PRIMEIRA É A ACEITAÇÃO (ACEITAR Q SEU FILHO TEM AQUELA DOENÇA OU PRECISA DE SER TRATADO), A SEGUNDA É A COMPREENSÃO (VEM SEMPRE A PERGUNTA PQ EU E PQ ISSO ESTA ACONTECENDO... COMPREENDER Q DEUS É BOM E QUE AQUILO TUDO ACONTECE COM OUTRAS PESSOAS TB)  E POR ÚLTIMO LIBERTAÇÃO (LIBERTAR-SE DA TRISTEZA E PARTIR P O ATAQUE...RS ... 
              SER MÃE DE UTI É UMA PASSAGEM PARA UMA NOVA VIDA, UM GRANDE DESAFIO... POIS MEXE COM TODA NOSSA ESTRUTURA EMOCIONAL  CHEGANDO ATÉ IR AO FÍSICO, MAS AO MESMO TEMPO TEMOS QUE  NOS MANTER FIRMES PARA CUIDARMOS DE NOSSOS FILHOS, ENFIM...SÓ SENDO UMA PARA SABER A DIMENSÃO DO QUE ISSO SIGNIFICA! MAS DIANTE DISSO TUDO  VAI UM GRANDE ENSINAMENTO , SE VENCER , NOS TORNAMOS GRANDES DIANTE DOS PERCALÇOS DA VIDA E NOS TORNAMOS HUMANOS DIANTE DO PRÓXIMO,  A MUDANÇA É TOTALMENTE INTERNA, MAS ISSO DEUS VAI MOSTRANDO E MOLDANDO COM O TEMPO ... VAI ENCAIXANDO TUDO NO LUGAR... CLARO Q NÃO É UMA MARAVILHA SER MÃE DE UTI, É UM APRENDIZADO!! SOFREMOS MUITO ,CLARO ! PORQUE QUANDO MEXE COM NOSSOS FILHOS, MEXE COM NOSSA CARNE!! MAS TEMOS A CERTEZA DE QUE ACIMA DISSO TUDO EXISTE UM DEUS MARAVILHOSO Q NOS CONDUZ E NOS FAZ ENXERGAR O QUE HÁ POR TRÁS DISSO TUDO E O RESULTADO, DEPENDE DE COMO ENCARAMOS E LUTAMOS PELAS ADVERSIDADES.
         POR ISSO MÃEZINHAS PARA PASSARMOS POR TODAS ESSAS FASES, PRECISAMOS UMAS DAS OUTRAS E, COM SEUS RELATOS ESTAREMOS AJUDANDO OUTRAS MÃES DE UTI A PASSAR POR TODAS ELAS DE MANEIRA MAIS BRANDA . 
       
                                    "MÃE, É TÃO IMPORTANTE QUE ATÉ JESUS PRECISOU DE UMA"
  
                                        



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

MAES DE UTI


MÃES DE UTI , ASSIM SOMOS CHAMADAS, MAS  CADA UMA TEM UM NOME, UMA HISTÓRIA , UM MILAGRE DE NOSSAS  LINDAS CRIANÇAS,  EXPERIÊNCIA QUE  MODIFICAM NOSSAS VIDAS, QUE NOS FAZEM ENXERGAR O ALÉM DA COMPREENSÃO HUMANA... QUE NOS CAPACITA A ENTENDER A DOR DO PRÓXIMO, A SUPERAR NOSSOS PRÓPRIOS LIMITES...  PORQUE SER MÃE DE UTI VAI ALÉM DE SER MAE .

 SOFREMOS, GANHAMOS, PERDEMOS  MAS ACIMA DE TUDO LUTAMOS!!!!

domingo, 4 de novembro de 2012


Papai do Céu, toma conta das mães de UTI,
Cuida de aliviar seu sofrimento,
Faz com que nunca desistam de sorrir,
E traz para elas alivio e alento...

Papai do Céu, não as permita nunca desistir,
Faz da sua fé seu alimento,
Prepara seus corações para o que há de vir,
Envolve-as com ternura e acolhimento,

E abençoa suas vidas, Pai amado,
Que é uma só com a do filho internado
Esperando a cura, esperando a volta ao lar...

Cuida das mães de UTI, mães preciosas,
Cuida das mães de UTI, mães dolorosas,
Mães que precisam tanto de seu cuidar...

sábado, 3 de novembro de 2012

A importância do carinho mesmo na incubadora !

   Quando nos deparamos com os pequenos na incubadora pensamos:Meu Deus,como é frágil. Será que eu se eu o tocar ele vai sentir dor? Qual a forma correta de toca-lo? O que fazer antes...São muitas as perguntas que passam pela nossa cabeça.E acredito que a maior delas é: Sendo tão pequeno,será que vai sobreviver?
   Bom,apesar de serem perguntas que variam de acordo com cada criança,é importante saber que o carinho mãe/bebe é de extrema importância para ambos.É através do seu toque que o bebe vai se sentir orientado no mundo,afinal ele só conhece sua voz,ele morou dentro de você.Quanto a forma de
 toca-lo,orienta-se que não se friccione a pele dele,pois por ser muito fina causa desconforto e em alguns casos dor.A mãe e o pai devem colocar a mão sobre o filho e deixa-la parada,de modo com que a criança se sinta protegida.
   Todos sabemos que o contato precoce de ambos auxilia na recuperação do RN.Porem é extremamente importante a lavagem das mãos antes de tocar,esta é uma medida de proteção,afinal seu bebe ainda não tem resistência e imunidade.Quanto a pergunta crucial:ele vai sobreviver...Saibam que já vi muitos casos em que a medicina já havia desistido mas Deus não, então independente da sua religião tenha sempre fé,pois ela é um fator de muita importância.
   É sabido que o carinho da mãe acalenta e protege a vida de seu filho, então não fique com medo de tocar seu bebe porque ele esta em uma incubadora,ao contrario encha-o de carinho e veja os benefícios quando ele te abrir o sorriso mais lindo do mundo.